Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Números apontam o crescimento do consumo e da fabricação das cervejas artesanais na região sul do estado
O sul do estado de Santa Catarina vem, aos poucos, se tornando um forte polo de cervejarias artesanais. Além das fábricas já consolidadas, cresce o número de cervejeiros amadores, que se juntam para trocar receitas e experiências. Identificar uma cerveja como artesanal, vai muito além da leitura dos rótulos das embalagens. També é preciso aferir a presença de um cervejeiro durante o processo de execução de determinada receita. Engenheiro de alimentos e cervejeiro, Antônio Cleber Junior explica como essa diferenciação deve ser feita. “Quando a fabricação é totalmente autônoma, fica mais difícil dizer que ela seja artesanal, porque seria preciso ter o envolvimento de uma pessoa treinada para entender todos os processos pelos quais aquela bebida vai passar”, sugere.
Para preparar as primeiras “brasagens” existem alguns cuidados básicos, conforme ensina Antônio: “é preciso ter tempo e dedicação, mas o resultado sempre é surpreendente e vale a pena. E ainda existem receitas básicas e simples, que podem ajudar os iniciantes”, esclarece.
A criatividade – marca dos brasileiros – vem dando as caras nas receitas aqui do sul. Frutas, especiarias e diferentes sabores estão sendo testados e aprovados pelos entusiastas da área. “Já provei cerveja de cacau, de canela e com diversas frutas. Esses diferentes sabores proporcionam refrescância e, muitas vezes, um aroma especial, que torna ainda mais incrível apreciar uma boa bebida”, avalia Antônio.
Os atributos da vida moderna estão tornando cada vez mais simples o processo de conhecer, aprender e conversar sobre cervejas. “Antigamente era preciso trazer os ingredientes de Porto Alegre mas, hoje, temos lojas especializadas nisso aqui na nossa região, o que facilita bastante”, lembra o engenheiro.
Em tempos de ansiedade e de pressa para quase tudo, as cervejas artesanais andam contra a maré e ainda arrastam consigo fãs cada vez mais entusiasmados. “As cervejas baratas, que compramos nos mercados, são vendidas para serem bebidas geladas, porque o sabor delas não é agradável para as papilas degustativas. Quando provamos a cerveja artesanal, percebemos que ela é feita exatamente para ser degustada. Quando a experimentamos, consumimos o pedaço da história de alguém. Isso parece profundo, mas quem vivencia essa realidade entende que tem muito sentimento dentro daquele copo”, filosofa Antônio.
Francisca D’altoé