Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Falar ajuda. Quando você compartilha um pensamento ou uma angústia, o resultado costuma ser positivo e você sente que não está sozinho. E é isso que uma rede formada por profissionais, entidades e instituições de toda a região está fazendo em prol da vida. Ouvindo e ajudando. No Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, o assunto tem reunido profissionais de saúde, voluntários, estudantes e professores em debates e ações, como as que ocorreram nesta segunda-feira (10/9), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Na manhã desta segunda-feira, a Unesc foi representada na roda de conversa com o tema “O suicídio na sociedade atual”, realizado pela Secretaria de Saúde de Criciúma pelo vice-reitor, Daniel Preve, e pela coordenadora da Secretaria da Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas, Janaína Damásio Vitório.
Preve afirma que a Unesc compartilha a preocupação sobre o assunto e é atuante, seja por meio do Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde – uma parceria entre Unesc e prefeitura de Criciúma), como na sensibilização da comunidade acadêmica ou na realização de ações em parceria com demais entidades. “O suicídio é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) um problema de saúde pública. Os dados são alarmantes no Brasil, principalmente na comunidade jovem. A Universidade é comprometida com essa temática, tem se envolvido, não apenas na parte acadêmica, mas trazido isso para a pesquisa área de saúde mental e com o debate junto à comunidade. A temática é nova na nossa sociedade e precisa ser debatida. Os profissionais da área da saúde são primordiais nesse processo. Contem com a Unesc. Ela está comprometida com nessa campanha”.
Ainda nesta segunda-feira, a Universidade esteve envolvida com outra ação relacionada ao Setembro Amarelo. Na Praça Nereu Ramos, em Criciúma, professores e estudantes da Liga de Psiquiatria de Medicina, do Laboratório de Psiquiatria Translacional e dos cursos de Psicologia e Direito levaram informações à população sobre o tema, em parceria com o CVV (Centro de Valorização da Vida) em parceria com a Universidade.
Segundo a coordenadora de Saúde Mental de Criciúma e do Nuprevips, Ana Losso, no município, entre 2012 e 2017, foram registrados 672 casos de tentativas de suicídio. “Precisamos falar sobre o assunto, conhecer os sinais e observar ao nosso redor. Cada um de nós pode ajudar”.
Conforme pesquisadores do Instituto de Neurociências Doutor João Quevedo, que participaram da ação na Praça Nereu Ramos nesta segunda-feira, cada suicídio tem impacto importante na vida de outras seis pessoas. Segundo eles, há mitos e verdades envolvendo o tema suicídio. Um dos mitos é que falar sobre pode aumentar o risco. Na verdade, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e tensão que esses pensamentos trazem. Os pesquisadores do Instituto alertam para a necessidade de um olhar atento para a pessoa que fala sobre o assunto. “Quem pretende cometer suicídio possivelmente está passando por uma doença mental que altera a sua percepção da realidade. Após o tratamento e o acompanhamento adequado, o desejo de tirar a própria vida cessa”, afirmam.
Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015 em Brasília. É uma iniciativa do CVV, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria
Na Unesc, as atividades continuam até o fim do mês. Nesta quarta-feira (12/9), a Universidade recebe Robert Paris, presidente nacional do CVV para a roda de conversa “Valorização da Vida”, com acadêmicos do curso de Psicologia da Universidade. O encontro ocorre às 9 horas no Auditório Edson Rodrigues. O presidente do CVV está em Criciúma para uma palestra na Acic.