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Unesc 53 anos: A educação como propulsora de sonhos e desenvolvimento

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Instituição celebra aniversário de fundação nesta terça-feira 

“Instrui-te, para que possas andar pelo teu passo na vida, e transmite aos teus filhos a instrução, que é dote que não se gasta, direito que não se perde, liberdade que não se limita”. A frase, de um dos maiores escritores brasileiros, Coelho Neto, é bem familiar para quem já participou da cerimônia de colação de grau da Unesc, momento máximo da vida do estudante. O ensinamento do professor que nasceu no século 19, é mais atual que nunca e a prova do poder da educação como mola propulsora de sonhos e desenvolvimento está na própria história da Unesc, que completa 53 anos nesta terça-feira (22/6).

História essa, marcada pela coragem e pelo apoio de toda a comunidade a um projeto que desde o começo, não foi pensado apenas para o município de Criciúma. Em sua trajetória, a Unesc mostrou que o conhecimento, o seu maior bem, não deve ficar guardado em salas de aula e laboratórios científicos. Hoje, ela está fisicamente no campus de Criciúma, no Parque Científico e Tecnológico (Iparque), na Unidade Araranguá e no Polo Balneário Rincão. Mas a sua presença vai muito além, e está nos estudantes, professores, colaboradores, egressos e nas pessoas que utilizam os serviços oferecidos pela Instituição.

Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, a Unesc é uma instituição com bases sólidas e em constante movimento, atenta aos cenários atuais sem deixar de vislumbrar os tempos vindouros. “A Unesc do futuro se constrói dentro e fora do campus e traz consigo 53 anos de história e tradição em sintonia com as mudanças do seu tempo e que a consolidam como uma referência dentre as universidades comunitárias brasileiras”, reforça.

Luciane avalia que nos últimos anos, a Instituição tem passado pelo período mais desafiador de toda a sua história e que no enfrentamento da pandemia, escolheu priorizar as pessoas. “A Unesc buscou soluções para melhorar a vida nas suas diferentes dimensões, ampliando suas conexões com a comunidade interna e toda a sociedade. Somos um dos pilares que sustentam, impulsionam e transformam a realidade social, econômica, cultural e ambiental da região. A nossa Unesc é esse patrimônio intelectual protagonizado por aqueles que nos antecederam e por aqueles que aqui estão. Patrimônio esse que defende a democracia, a pluralidade e as liberdades individuais. Cada um de nós é convidado a preservar, proteger e defender a nossa Unesc, que é de todos e para todos”, reitera.

Coragem, uma marca Unesc

Mudar vidas e cenários, requer coragem de fazer diferente e a diferença. E este substantivo tão forte, está presente em toda a trajetória da Instituição. Ao ser criada, a Fundação Educacional de Criciúma (Fucri, hoje mantenedora da Unesc) marcou o início de um novo tempo, sendo a primeira escola de nível superior criada no Sul de Santa Catarina. Ao nascer, no dia 22 de junho de 1968, fruto da coragem do então prefeito de Criciúma, Ruy Hülse, com o apoio da sociedade, a Instituição teve clara a sua missão de colaborar com o desenvolvimento regional e mudar vidas por meio da educação.

A Unesc foi moldada enfrentando desafios e realizando movimentos de reinvenção. Movimentos estes que culminaram, em 3 de junho de 1997, com a aprovação por unanimidade do parecer pela aprovação da transformação da Fucri em Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), tendo a Fundação Educacional de Criciúma como sua mantenedora. A aprovação final veio em 17 de junho de 1997, na sessão plenária do CEE. E foi em 11 de agosto do mesmo ano, que a Universidade recebeu sua homologação, que equivale à “Certidão de Nascimento”. Em 18 de novembro ocorreu a instalação oficial da Unesc, no Teatro Elias Angeloni, com a participação de autoridades, empresários, professores, alunos e funcionários da Instituição.

A Universidade que temos hoje foi erguida sob uma base sólida construída a partir de um trabalho coletivo em parceria com a sociedade e sem esquecer em momento algum o caráter comunitário da Instituição, que colabora fortemente com o desenvolvimento regional. E quem acompanha a história da Unesc de perto, como o professor e mestre de cerimônias, Laênio Ghisi, sabe bem o poder transformador da Universidade. Ele está na Instituição há mais de 40 anos e foi diretor-presidente da Fucri entre 1989 a 1993, período em que foi aprovada a carta-consulta para a transformação da Fucri em Unesc.

“Desde os meus tempos de acadêmico, tinha o sonho de ver a Fucri se transformar em Universidade. Tive o privilégio de conduzir os encaminhamentos junto ao Conselho Federal de Educação da época e ver aprovado o nosso projeto de Unesc. Agradeço à Deus pelo privilégio de poder servir e testemunhar todos os avanços e conquistas. Hoje, mesmo diante da pandemia, a Unesc é um verdadeiro motor propulsor do desenvolvimento regional, sempre à frente, liderando novas ideias e projetos, ela é o nosso referencial maior, pois não passou ao lado dos problemas. Enfrentando-os, soube se reinventar e se desenvolver ainda mais. Sou, mesmo, um agraciado e quero um dia dizer às pessoas que nada foi em vão. Que valeu a pena se doar a um projeto tão edificante, que a vida é bela sim e que valeu a pena”, afirma.

Outro protagonista deste momento, foi o professor e assessor Institucional da Unesc, Edson Rodrigues, primeiro reitor da Unesc. Á frente da Universidade por dois mandatos (1993-1997 e 1997-2001), ele considera a Unesc como uma referência intelectual da sociedade, uma reserva de conhecimentos e de pesquisa de novos conhecimentos, além de possuir uma inter-relação muito próxima com a comunidade da sua região de abrangência. Para Rodrigues, a Instituição está sempre na vanguarda, inclusive em momentos tão difíceis como os vividos pela humanidade nesta pandemia de Covid-19.

“A Unesc assumiu um papel importante na sociedade, procurando em todas as áreas do conhecimento organizar uma nova forma de pensar e agir nesse mundo, e tem sido protagonista. Em vez de se entregar a uma realidade, procurou sair desta situação e se reinventou, criou novas alternativas não só para ela, enquanto Instituição, mas para a sociedade. A Unesc foi um lume que aponta a direção, uma luz que se acendeu fortemente no Sul do nosso país a indicar às pessoas que há muito mais. Há esperança. Ela criou uma unidade entre professores, estudantes e colaboradores e reuniu também outras universidades para construir uma força de novos saberes para um novo mundo”, salienta Rodrigues.

Dando continuidade ao processo de crescimento e desenvolvimento da Instituição, o professor Antônio Milioli Filho (in memoriam) esteve à frente da Universidade como reitor, entre 2001 e 2005 e entre 2005 a 2009.

O terceiro reitor da Universidade, Gildo Volpato, desempenhou também em dois mandatos: de 2009 a 2013 e de 2013 a 2017. Para ele, a Unesc é uma grande e consolidada universidade, que orgulha, por sua estrutura física, pela excelência de seus docentes, por seus acadêmicos diferenciados, pelos resultados das pesquisas realizadas pelos professores pesquisadores, alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos. “Os resultados dessa história de 53 anos são visíveis e podemos acompanhar não só pelos prêmios, comendas e demais honrarias que viemos recebendo, mas pela satisfação e posição que nossos egressos ocupam na sociedade”, salienta.

Segundo Volpato, a Unesc é uma universidade em movimento e na pandemia, ela mostrou mais uma vez o seu potencial de reinvenção. “A Unesc, por meio da equipe de gestão, demonstrou sua capacidade de resposta ao se reinventar e garantir estrutura física, técnica e tecnológica para que as aulas continuassem no formato remoto, assim como muitas atividades de pesquisa e extensão. A cada tempo novas necessidades, novas demandas são colocadas à Unesc, e cada equipe de gestão, em cada momento, teve e tem o apoio de toda a comunidade interna e externa que a abraça, que a defende e que não mede esforços para superar dificuldades e encontrar caminhos que a fortaleça em sua missão”.

Protagonismo na pandemia de Covid-19

Durante a pandemia de Covid-19, a Universidade teve um posicionamento claro e objetivo, pensado a partir da análise de cenários e priorizando as pessoas. A prova da assertividade do plano desenvolvido pela gestão universitária para o enfrentamento da pandemia é o protagonismo que a Instituição está tendo, com ações realizadas com a comunidade interna e com a sociedade, em parceria com entes públicos.

A Unesc, colocou a sua excelência acadêmica – a Instituição é nota 5 (conceito máximo) no Ministério da Educação (MEC) – à disposição de projetos e ações visando a proteção e o combate à disseminação do vírus.

O trabalho foi traduzido em iniciativas como o SOS Unesc Covid-19 (serviço de teletriagem referenciada que permite uma pré-consulta, feita por profissionais da saúde, com orientações e informações à sociedade, via WhatsApp); Acolher Unesc Covid-19 (serviço online gratuito de atendimento e apoio psicológico à população); Produção e distribuição de álcool em gel para pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social, além de Hospitais e Unidades Básicas de Saúde da Região; Produção de máscaras para profissionais da saúde; Cartilhas informativas sobre cuidados essenciais contra a Covid-19, importância da alimentação saudável e do uso correto de medicamentos; Comitê de apoio aos trabalhadores para auxiliar e orientar profissionais de empresas da região; Sala de Situação; Projeto Ozônio (primeiro projeto de desinfecção com o uso o ozônio no Sul do Brasil.

Colaboradora do desenvolvimento socioeconômico regional

Parceira do setor produtivo regional, não apenas ao formar profissionais altamente capacitados, diferenciados e cientes de sua responsabilidade social, a Universidade também desenvolve ações e projetos visando o desenvolvimento socioeconômico do Sul e do Extremo Sul catarinense.

O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin, considera a Universidade uma grande força em prol do crescimento e desenvolvimento da sociedade. “A Acic parabeniza a Unesc, que há 53 anos, promove a geração de conhecimento e pesquisa, e estimula à atividade empreendedora e inovadora. Uma instituição comunitária, que não mede esforços para promover o crescimento, as transformações e a melhoria da qualidade de vida da comunidade de Criciúma e região. A Unesc é um patrimônio, uma grande conquista da nossa região, que há mais de cinco décadas tem sido fundamental no desenvolvimento econômico, educacional, social e cultural”, afirma.

Para o presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), Jorge Koch, a Unesc é uma das maiores parceiras dos municípios do Sul catarinense e tem uma conexão forte com a comunidade. “Queremos parabenizar a nossa universidade. pelos seus 53 anos de vida. A Unesc é a universidade comunitária que todos nós sonhamos e desejamos. Está no meio da comunidade e é onde as pessoas vão buscar conhecimento. Mas ao mesmo tempo ela também entrega o seu conhecimento para a sociedade. Desejamos muito sucesso e que a Amrec e a Unesc continuem sendo grandes parceiras no desenvolvimento socioeconômico da região”.

Já o presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), Moacir Francisco Teixeira, salienta a importância do estreitamento dos laços da Universidade com o Vale do Araranguá. “A educação é fundamental para que as pessoas tomem propriedade de conhecimentos importantes e sejam agentes de desenvolvimento social. O Extremo Sul catarinense recebeu positivamente a vinda da Unesc, pois estreita as relações que haviam e ampliam as oportunidades, especialmente com o intuito da bandeira levantada na parceria pelo desenvolvimento regional. Nós da associação municipalista deixamos nossos parabéns a toda comunidade acadêmica por estes 53 anos de sucesso da Universidade”.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc 

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