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A confirmação da primeira morte por febre amarela em Santa Catarina aumenta o alerta para a necessidade de imunização no Estado. Transmitida por mosquitos em áreas de matas e urbanas, a doença é grave, mas pode ser prevenida. Uma dose da vacina é suficiente para proteger o paciente por toda a vida.
“Havia algumas situações suspeitas de febre amarela no estado, mas foram totalmente descartadas. Esse é o primeiro caso confirmado por exame laboratorial em que o paciente foi a óbito. Se essa pessoa estivesse vacinada, o quadro não teria evoluído dessa forma. É uma situação de grande alerta para as pessoas se vacinarem”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde em Santa Catarina, Raquel Ribeiro Bittencourt.
O Instituto Carlos Chagas (ICC) – Fiocruz do Paraná confirmou por análise laboratorial a morte de um homem de 36 anos em Joinville por febre amarela. O óbito ocorreu em 12 de março. Ele morava na região de Pirabeiraba, uma área densa de matas, e havia se deslocado para um sítio no limite com o Paraná, região de mata Atlântica. Santa Catarina não registrava casos autóctones de febre amarela em humanos desde 1966.
A Dive vai realizar a coleta de mosquitos (vetores) em Joinville na próxima semana. Todos os moradores em um raio de 300 metros do Local Provável de Infecção (LPI) serão vacinados imediatamente.
Desde o segundo semestre de 2018, seguindo recomendação do Ministério da Saúde, todo o estado de Santa Catarina tornou-se Área com Recomendação de Vacinação (ACRV) para febre amarela – antes 162 municípios catarinenses já integravam a ACRV. Desde então, todos os moradores catarinenses com mais de nove meses de idade devem procurar os postos de saúde para se vacinar contra a doença.
A dona de casa Raquel Fernanda Zaia Cordeiro procurou na manhã desta quinta-feira, 28, uma unidade básica de saúde, em Florianópolis, para ficar imunizada. “Eu acho importante fazer a vacina por saúde e prevenção. Meu genro tomou antes porque precisou viajar, mas todos da minha família também vão fazer, meus filhos e netos”, disse.
“Santa Catarina é um Estado com áreas muito extensas com coberturas de matas, há muita prática de esporte na natureza, por isso há um alerta para a população se vacinar. A Secretaria de Estado da Saúde declarou campanha até 20 de abril para promover outras estratégias de chegar às pessoas além do posto de saúde, mas é importante que aqueles que ainda não foram vacinadas procurem o posto mais próximo. Se tiver uma doença ou alguma restrição, isso será orientado no posto”, explica a superintendente da Dive.
No lançamento da Campanha de Vacinação contra a Febre Amarela em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés da Silva postou um vídeo em que reforçou aos catarinenses a importância da imunização contra a febre amarela, para que fosse evitada a circulação do vírus no Estado.
De 1º de janeiro a 28 de março de 2019, foram aplicadas 461.417 doses da vacina em Santa Catarina. Conforme a Dive cobertura vacinal no Estado é de 61,46%.