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Iniciativa é pioneiro no país e irá prever falhas na distribuição da energia de forma online.
A Satc, em parceria com duas cooperativas de eletrificação, está desenvolvendo um projeto inovador em âmbito nacional que visa gerenciar reguladores de tensão localizados na rede elétrica de forma online melhorando a qualidade do fornecimento de energia elétrica aos consumidores de Forquilhinha e Morro da Fumaça. A iniciativa, realizada pelo Departamento de Engenharia Mecatrônica e Automação da Faculdade Satc, está sendo realizada em parceria com as cooperativas Coopera e Cermoful, com investimento de R$ 596 mil e duração de 24 meses.
Será produzido um sistema remoto capaz de informar variações na distribuição de energia e prever possíveis problemas que poderão afetar os consumidores. “A solução em desenvolvimento permite prever antecipadamente falhas dos reguladores de tensão para que as equipes de campo possam intervir antecipadamente evitando interrupções e garantindo a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras”, explica o pesquisador e professor da Faculdade Satc, Anderson Diogo Spacek.
Os dispositivos em desenvolvimento são instalados nos reguladores ao longo do sistema elétrico e coletam as informações fazendo-as chegar até as distribuidoras de energia. “Atualmente, as cooperativas por exemplo só identificam que algo está errado com um regulador de tensão, a partir do momento em que os consumidores começam a informar oscilações na energia para a cooperativa pelos canais de atendimento”, informa Spacek.
Para melhorar a identificação de falhas ou interrupção no fornecimento de energia, o projeto elaborado pela Satc implementará novas ferramentas de supervisão e gestão de dados. “Vamos criar um sistema monitoramento conectado à internet e um algoritmo de controle que irá buscar prever uma possível falha na rede elétrica permitindo às cooperativas realizarem manutenções preventivas”, declara o pesquisador.
De acordo com o engenheiro eletricista da Coopera e gerente do projeto, Jefferson Spacek, o objetivo da iniciativa é ser proativo com relação a funcionalidade do regulador. “Teremos um controle sobre um equipamento que é fundamental para a distribuição de energia elétrica, que só é dado manutenções corretivas. Sabendo o estado operativo dele, poderemos tomar previdências mais rapidamente”, enfatiza.
Jefferson destaca o que é de inovador no projeto. “Teremos uma troca de informações entre os reguladores em campo e a sede da cooperativa através de rede de comunicação baseada em Internet das Coisas (IoT) indo ao encontro das atuais tendências tecnológicas”, expõe.
O coordenador do projeto, professor João Mota Neto, esclarece que a implementação da pesquisa nos departamentos técnicos das cooperativas permitirá aos engenheiros a interação remota com o regulador de tensão. “Com essa metodologia será otimizado o deslocamento à campo para efetuar ajustes no equipamento e a gestão inteligente da manutenção reduzirá o tempo de intervenção, consequentemente, contribuindo para continuidade do fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais”, revela.
Todas as empresas que geram, transmitem e distribuem energia elétrica possuem uma esfera para investimento compulsório em Projetos em Eficiência Energética (PEE) e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com o intuído de criar tecnologia para melhoramento do sistema elétrico do país. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamenta e orienta o aporte destes recursos em prol de ações que possam criar novos hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica.
Fazem parte do projeto, além da equipe de professores, os alunos Marco Aurélio Oliveira Rocha e Guilherme Spillere da Rosa do curso de Engenharia Mecatrônica que através de bolsas de iniciação científica atuam colocando em prática os conhecimentos obtidos em sala de aula e maximizando seu aprendizado.
Anderson explica que para o processo de ensino-aprendizagem os projetos de P&D são importantes, oportunizando novas experiências aos alunos e aos professores. “Essas iniciativas trazem para instituição como um todo a ‘Oxigenação das ideias’, ou seja, conseguimos estar em contato com os avanços tecnológicos desenvolvendo coisas novas, nos reciclando e incluindo nossos alunos no processo, oportunizando a eles valiosas experiências”, acrescenta.