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Para o crescimento econômico das cadeias produtivas, o agro e o cuidado com o meio ambiente devem andar juntos. No Sebrae Santa Catarina uma iniciativa visa identificar e avaliar as emissões de carbono para propor estratégias que permitam reduzir a produção de CO2 nas propriedades rurais. É o projeto Carbono Zero, que está sendo apresentado durante a 23ª edição do Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho.
De acordo com os idealizadores do projeto, os engenheiros sanitaristas e consultores do Sebrae/SC, Leonardo Batistel e Taise Perondi, o objetivo do programa é fazer a quantificação das emissões de carbono nas propriedades e também do que elas absorvem da atmosfera. “A partir dessa quantificação, podemos fazer o balanço de emissões e, assim, conseguimos identificar as principais fontes de emissão de carbono dessa propriedade. A partir dessa identificação, a gente consegue propor melhorias no processo produtivo ou em determinadas atividades que possam mitigar essas emissões para uma agricultura mais sustentável, objetivando sempre o carbono zero ou o carbono neutro”, afirma Leonardo.
O Carbono Zero alerta para a crescente exigência dos mercados internacionais em busca de uma cadeia produtiva de baixa emissão de CO2 e a necessidade dos produtores de Santa Catarina, enquanto exportadores de alimentos, se atentarem para reduzir esse gás poluente. Segundo Leonardo, a intenção deles é buscar cooperativas para trabalhar em parceria, procurando a adequação de todos os produtores integrados para que tenham condições de responder a essa demanda global em relação ao carbono e, desta forma, minimizar os impactos ambientais e agregar valor à produção.
Leonardo explica como é feita a quantificação das emissões na prática. “A gente sempre leva em consideração as características da propriedade. Na bovinocultura de leite, por exemplo, são levantados dados em relação ao número de animais, a maneira como eles são criados, se são exclusivamente confinados, se possuem pastagens na alimentação. Outra forma para analisar é identificar se os dejetos desses animais são processados dentro da propriedade, se são processados com biodigestor ou se eles são simplesmente armazenados em estado sólido, pois isso também influencia nas emissões, assim como a idade e o gênero dos animais”.
“Ainda fazemos um levantamento de tudo o que é absorvido na propriedade, pois assim como ela emite, absorve uma parte desses gases estufa. Na questão da absorção, é avaliada a vegetação, a forma de plantio que é realizada na propriedade, principalmente questões de manejo do solo, como pastagens degradadas ou bem conservadas”, esclarece Taise.