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Paulo Cesar Lock Silveira realiza pesquisas nesta área há mais de 20 anos
O trabalho e a trajetória do professor doutor da Unesc, Paulo Cesar Lock Silveira, ganharam notoriedade estadual com o primeiro lugar no prêmio Prêmio Inovação Catarinense “Professor Caspar Erich Stemmer”, iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Ele venceu a categoria “Agente de Inovação”, com a ideia da startup Regenera, incubada na Incubadora Tecnológica de Ideias e Negócios (ITEC.in), vinculada à Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt) da Universidade. A cerimônia de reconhecimento dos vencedores ocorreu nesta terça-feira (27/4), pela internet.
Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, a conquista engrandece o nome da Instituição e coroa a dedicação de um grande profissional. “Vencer um prêmio desse porte não é por acaso, requer empenho, busca pelo conhecimento e o desenvolvimento de um trabalho contínuo com base na excelência. Nos orgulhamos que um de nossos docentes pesquisadores tenha conquistado, em um momento tão difícil como o que vivemos, o Prêmio Inovação Catarinense. Isso vai além de fortalecer o nome da Instituição, traz reconhecimento para o Sul de Santa Catarina”, enfatizou.
A entrega social e de inovação da iniciativa é uma startup que insere o fisioterapeuta na equipe multidisciplinar para o processo de tratamento de lesões de pele, acelerando o reparo tecidual ao utilizar aparelhos da Fisioterapia, como laser e correntes elétricas. “Um paciente que tem feridas têm gastos muito grandes, com curativos, coberturas e até tempo, dele e dos profissionais. Adicionando o fisioterapeuta neste processo, há uma aceleração e uma economia de dinheiro. Além disso, é um método barato e fácil de ser aplicado”, contou o pesquisador.
A trajetória do docente na área iniciou em 2001. Para o desenvolvimento do método, a pesquisa analisou os mecanismos bioquímicos e moleculares envolvidos na cicatrização de feridas e os efeitos desses equipamentos nesse processo. “Ao longo dos anos desenvolvi um método que associa esses aparelhos respeitando a resposta celular da pele lesionada e em 2017 tive a oportunidade de aplicar em humanos, no Ambulatório de Feridas da Unesc. Em 2018, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, publicou um acórdão habilitando o fisioterapeuta a tratar feridas e queimaduras. Em janeiro de 2019, criamos a Regenera, que atua em clínicas, hospitais e presta serviços para o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (Cisamrec)”, explicou Silveira.
Especialmente durante a pandemia de Covid-19, a fisioterapia tem ganhado amplo reconhecimento como essencial para o tratamento de saúde. A Regenera foi pioneira mais uma vez, sendo inserida nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para colaboração no atendimento aos pacientes.
Pela conquista, o pesquisador recebeu uma premiação de R$ 15 mil.
Trajetória acadêmica e profissional
Silveira iniciou sua história como pesquisador ainda quando aluno de Fisioterapia na Unesc. Seguiu para o mestrado em Ciências da Saúde, também na Instituição, e posteriormente se tornou doutor em Bioquímica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 2014 retornou à Universidade como docente e pesquisador. Hoje atua no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) e no curso de Fisioterapia.
Ecossistema de inovação
No caminho para fazer a sua pesquisa ser ampliada e dela nascer uma startup, Silveira contou com o apoio do ecossistema de inovação criado pela Unesc e que envolve ações para a comunidade interna e externa.
Na incubadora da Universidade, a Regenera já teve orientação em aspectos como a estruturação da empresa, no desenvolvimento de visão de mercado, na modelagem do negócio, nas conexões, na abordagem de vendas e na aceleração do negócio.
Assessoria de Imprensa Unesc
Foto: Arquivo Pessoal