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Erik Gatenholm aperta o botão “start” na impressora 3D. Ele vai produzir partes do corpo humano em tamanho real.
Em ritmo frenético, a agulha da impressora rabisca uma placa de Petri com tinta biológica azul, que contém células humanas. Em cerca de meia hora, é possível ver um nariz surgir sob a luz ultravioleta.
Gatenholm, de 28 anos, é cofundador da Cellink, empresa sueca de pequeno porte líder no mercado global de bioimpressão.
Atualmente, a aplicação biomédica da tecnologia de impressão 3D é voltada para a fabricação de tecidos da pele e cartilagens, usados para testar novos medicamentos e cosméticos.
Mas Gatenholm acredita que, em duas décadas, será possível produzir órgãos humanos para transplante.
“O desafio sempre foi mudar o mundo da medicina”, afirma à BBC.
Ex-estudante de administração, Gatenholm foi apresentado às bioimpressoras 3D por seu pai, professor de química e biopolímeros na Universidade Chalmers, em Gotemburgo, na Suécia. Há cerca de um ano, ele criou a Cellink.