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A Cooperativa Central Aurora, a BRF Brasil, a JBS e a Pamplona já têm plantas em pleno funcionamento em Santa Catarina e devem retomar o ritmo normal progressivamente, de acordo com a capacidade de estocagem. Segundo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, essa notícia traz uma tranquilidade maior ao setor e evita o sacrifício sanitário de animais pela falta de alimentos.
“Nos últimos dias foi feito um esforço enorme do Governo do Estado, no Comitê Integrado de Crise e do setor produtivo para evitar a morte de animais por inanição. E nossa missão está sendo concluída com sucesso porque em Santa Catarina não tivemos notificação de mortalidade em massa. Com a reativação de diversas plantas frigoríficas e a retomada dos transportes de insumos, reduzimos a demanda por ração e o fornecimento de suprimentos começa a se normalizar”, ressalta.
A paralisação dos caminhoneiros trouxe prejuízos ao agronegócio catarinense, que deve ter impacto na rentabilidade do setor este ano. O secretário Spies explica que levará algum tempo até a normalidade total ser estabelecida, porém todos os elos da cadeia produtiva e Governo do Estado estão juntos nesse desafio. “Com o esforço dos produtores rurais, agroindústrias, transportadores e trabalhadores do setor agropecuário, nós retomaremos gradualmente a normalidade, mostrando a força do agronegócio catarinense”
Para acelerar a retomada das atividades do agronegócio, o Governo do Estado faz um enorme esforço na movimentação de mais de 300 containeres que serão utilizados para o transporte de produtos prontos com destino aos portos catarinenses. “Esse enorme comboio se deslocando para o Litoral, e também no sentido contrário, marca a retomada da produção em Santa Catarina”, comemora o secretário.
Nesta quarta-feira, 30, a movimentação na Ceasa-SC deu sinais de retomada, com 50% da oferta de produtos já normalizada. Nos próximos dias, a comercialização de frutas e verduras deve voltar ao ritmo tradicional.
Os laticínios também retomam progressivamente a coleta de leite, conforme a capacidade de estocagem, expedição e entrada de insumos.
A liberação dos estoques de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para alimentação animal nesta quarta-feira, 30, também trouxe um novo ânimo ao setor. São 42 mil toneladas disponíveis a um preço de R$ 31,90/saca.
Até o momento, as agroindústrias e produtores catarinenses já retiraram mais de oito mil toneladas do produto. Os armazéns da Conab estão localizados em corredores de abastecimento nos municípios de Campos Novos, Quilombo, Chapecó, Mafra, Irineópolis, Itapiranga, Maracajá, Braço do Norte, Herval d´Oeste, Coronel Freitas, São Miguel do Oeste e Bom Jesus.