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A prevenção continua sendo a melhor alternativa para melhorar a realidade do país
No Brasil, são 700 mil acidentes de trabalho por ano. Essa informação é da bases de dados levantados pela Previdência Social e pelo Ministério do Trabalho e revela a seriedade do problema, que atinge trabalhadores de várias profissões. De acordo com o Ministério da Fazenda, entre 2012 e 2016, foram registrados 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho em 26 estados e no Distrito Federal. Esses acidentes resultaram na morte de 13.363 pessoas e geraram um custo de R$ 22,171 bilhões para os cofres públicos com gastos da Previdência Social, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente para pessoas que ficaram com sequelas.
Tendo em vista esses dados alarmantes, desde 2014 o mês de abril foi escolhido para levantar a bandeira da conscientização sobre a segurança no trabalho. “O que para muitas pessoas pode parecer um gasto, na verdade é um investimento, uma forma de garantir que os empregados estejam seguros e os empresários livres de más surpresas”, afirma o técnico em segurança do trabalho, Macálister Brocca.
Apesar da extrema importância, as avalições e treinamentos relacionados à segurança do ambiente de trabalho ainda são muito negligenciados por empregadores e empregados em todo país. “Alguns dos empresários reclamam do custo e muitos trabalhadores são resistentes ao treinamento e aos equipamentos que precisam ser utilizados em alguns segmentos da indústria. As pessoas mais experientes nas empresas acreditam que não precisam tomar certos cuidados, já que sempre trabalharam daquela forma e nunca houve um acidente. Nessa hora, somos pacientes e explicamos o risco e mostramos os números altíssimos que o Brasil e Santa Catarina têm em relação aos acidentes”, comenta o técnico.
O que pode ser considerado excesso de cuidado por alguns, são ferramentas que possibilitam o salvamento de vidas. “Um cabo bem preso, um óculos corretamente usado, isso salva vidas. As pessoas precisam compreender que as normas existem para que todos tenham uma rotina laboral saudável e não para complicar a vida, como muitos pensam”, pontua.
Para empresários e trabalhadores, o recado do técnico é o mesmo: “muito cuidado! É sempre melhor trabalhar com a prevenção do que com a remediação. Vamos cumprir as normas e buscar informações com pessoas capacitadas para isso. Só assim será possível reduzir os números negativos que temos hoje”, conclui Macálister.
Francisca D’altoé