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Evento de forma híbrida teve o objetivo de mostrar o envolvimento das universidades com o Proesde (Fotos: Daniela Savi/AgeCom)
Proporcionar aprendizado muito além da teoria e levar para as comunidades envolvidas mais conhecimento que é produzido para o benefício comum. Esse é o propósito do Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (Proesde) do Governo do Estado e que é vinculado ao programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu). Tudo isso junto às universidades que realizaram, ao longo de 2021, diversas ações com impacto direto em várias localidades. E o local escolhido para apresentar o projeto para Santa Catarina foi a Unesc.
A 10ª edição do Seminário Estadual ocorreu na tarde desta quinta-feira (9/12), no Auditório Ruy Hulse, de forma híbrida. A transmissão da Unesc TV teve a audiência de mais de 5 mil espectadores em todo o estado. Estiveram acompanhando o evento representantes das universidades, professores e acadêmicos vinculados ao projeto. Todos puderam compartilhar suas ações e demonstrar os objetivos e os resultados alcançados em cada atividade de intervenção comunitária realizada durante o ano. Foram 160 projetos desenvolvidos em 14 instituições de ensino superior de todo o Estado.
O Uniedu, programa de bolsas universitárias de Santa Catarina, bate recordes. Foram R$ 467 milhões investidos em 2021, R$ 73 milhões diretamente para o Proesde. E há, ainda, uma preocupação social também com os municípios, com o foco naqueles de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme as premissas do projeto.
Na sua fala de abertura, a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, mencionou a importância da ação para o desenvolvimento regional e das oportunidades que ele oferece. “Esse é um dos programas mais estruturantes do estado de Santa Catarina, vinculado ao Uniedu, que permite aos nossos estudantes aprender pela experiência, pela vivência, pela política colaborativa e cocriadora, na integração com outros estudantes, no experimento dos diferentes cenários. Essas atividades desenvolvidas são fantásticas e transformadoras para todo o nosso estado”, ressaltou a reitora.
O diretor de Planejamento e Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação, Marcos Roberto Rosa, ficou emocionado com o que viu. “Com esse programa, não tem como não se emocionar com os resultados que são muito significativos. São ações que impactaram a sociedade, as vidas, não só pelas bolsas de estudos, mas pelas experiências vividas por eles. Vamos nos empenhar muito para o próximo ano. O Proesde continua no mesmo formato e muito obrigado a todas as instituições que fazem parte desse projeto e se dedicaram a fazer com que o Proesde acontecesse”, salientou.
O projeto, assim como tem parcerias com as universidades, conta com o apoio da Rede Laço de Voluntariado, ação ligada ao gabinete da primeira-dama de Santa Catarina, Késia Martins. A Rede Laço esteve representada no Seminário em manifestação da sua coordenadora de ações voluntárias, Kelli Cristine Tasca.
Acadêmicos ressaltam as experiências
Alunos que são impactados pelas bolsas de ensino também estiveram no Auditório Ruy Hülse e relataram o significado que traz para eles. Foi o caso de Letícia de Oliveira, do curso de Enfermagem. “Para mim, significa tudo. É a realização de um sonho. Estou na Universidade por causa desse programa. Todos são beneficiados, alunos, escolas e comunidade”.
Assim como Letícia, quem também destacou a importância do projeto para o seu futuro foi a acadêmica do curso de Psicologia da Unesc, Luciana Maiara Cardoso. “Se não fosse o Proesde, não estaria aqui. Eu estar na Universidade se deu graças ao programa. Eu apoio e vou incentivar mais pessoas a participarem”, agradeceu.
Em nome dos acadêmicos, o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Vittor Teixeira, agradeceu o incentivo e a potencialização das bolsas para as Universidades comunitárias. “O DCE da Unesc e o Conselho do DCE da Acafe estão alinhados e gratos a toda essa movimentação. Estamos agradecidos pelo empenho e envolvimento do Governo do Estado. O Proesde é muito importante e leva os estudantes a reconhecer o problema local e trazer uma solução. É solucionando problemas que fazem a sociedade evoluir e avançar”, disse.
Intervenções realizadas pela Unesc
Instituições de ensino superior de Santa Catarina desfilaram, ao longo da tarde desta quinta-feira (9/12), suas experiências relacionadas a intervenções comunitárias no Proesde. As 14 instituições envolvidas protagonizaram 160 projetos ao longo de 2021. A Unesc foi a última instituição a contar suas experiências no Proesde. A Universidade contou, neste ano, com 470 bolsistas envolvidos.
“Tivemos a inclusão de acadêmicos dos diferentes cursos de graduação, das distintas áreas do saber, em cenários de práticas na comunidade, bem como, a realização de intervenções junto a ela, ampliando as competências já desenvolvidas por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, aproximando-os da realidade social e cultural da nossa região e consequentemente do país”, comentou a professora Sheila Martignago Saleh, coordenadora do projeto do Proesde na Unesc e assessora da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Universidade.
O programa desenvolvido na Unesc foi o Vivências e Experiências na Comunidade (ViverCom), que levou intervenções para dez escolas das regiões carbonífera e do extremo Sul, em Criciúma, Içara, Siderópolis, Araranguá, Sombrio e São João do Sul. As unidades escolares receberam oficinas educativas e, em uma segunda etapa, a intervenção presencial de embelezamento realizado pela Universidade, mais doação de materiais e equipamentos para as instituições.
“Cada escola visitada recebeu uma nova horta e canteiros, pinturas, entre outras ações, deixando os ambientes mais agradáveis para os alunos e professores”, comentou Sheila. Dentre os temas das 95 oficinas estiveram violência contra mulheres, alimentação e saúde, oratória, primeiros socorros, álcool e outras drogas, sexualidade e saúde reprodutiva e orientações sobre projetos de vida com o envolvimento de mais de 2,5 mil alunos do Ensino Médio. “A terceira etapa do ViverCom será a elaboração de um e-book com todas essas experiências”, completou a professora.
A diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, Fernanda Guglielmi Faustini Sônego, pontuou que a ação prática confirmou a importância das intervenções nas comunidades. “Precisamos estar com as mãos unidas porque somos corresponsáveis pelo desenvolvimento no estado. Os projetos apresentados foram belíssimos”, destacou.
As escolas beneficiadas pelo ViverCom da Unesc foram Dolvina Leite de Medeiros (Araranguá), Antônio Milanez Neto, Irmã Edviges, João Dagostim e João Frassetto (Criciúma), Antônio Colonetti e Salete Scotti dos Santos (Içara), José do Patrocínio (Siderópolis), Macário Borba (Sombrio) e Maria Solange Lopes de Borba (São João do Sul).