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Produtores rurais conhecem resultados dos painéis do Campo Futuro de grãos em SC

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O levantamento de custos dos nove painéis do Campo Futuro realizados em Santa Catarina nos meses de junho, julho e agosto foram recém-divulgados pelos parceiros do projeto.  O primeiro segmento em foco foi o de grãos com eventos em Xanxerê e Campos Novos (soja, milho e trigo, aveia, feijão e trigo) e em Tubarão (arroz). A iniciativa, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), contou com a parceria do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), Sistema FAESC/SENAR-SC e Sindicatos Rurais das regiões.

A proposta oportunizou calcular os custos de produção nas propriedades e disponibilizar informações para os produtores sobre o mercado. Todos os eventos foram promovidos de forma remota, respeitando as normas vigentes de distanciamento social e de controle da pandemia da Covid-19.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, ressalta que o Relatório Campo Futuro Grãos apresenta informações valiosas sobre custos de produção em vários segmentos importantíssimos para o agro catarinense como soja, milho, trigo, arroz, entre outros. Ele destaca a importante parceria entre a CNA e o CEPEA que ofereceram condições para o setor conhecer os dados e realça o papel dos técnicos que vão até os produtores fazer um trabalho de grande representatividade. “Agora, temos em mãos essas informações que são essenciais para gerenciar os custos, os riscos de mercados e a produção. Com isso, os produtores têm embasamento para tomar as melhores decisões e fazer seu negócio crescer “.

LEVANTAMENTO DE CUSTOS PRODUÇÃO DE GRÃOS EM XANXERÊ

O primeiro painel, realizado no dia 15 de junho, teve por objetivo fazer o levantamento dos custos de grãos (soja, milho e trigo, aveia, feijão e trigo) na região de Xanxerê. De acordo com o relatório, na safra 2020/21 a propriedade típica local apresentou como modal produtivo uma área total de 150 hectares (ha), sendo 130 ha de área própria e 20 ha de área arrendada. No verão os produtores cultivaram soja em 120 ha, mas aumentaram a área com o uso da tecnologia Intacta de 60% na safra passada para 75% nessa safra.

A outra cultura de verão foi o milho com tecnologia Bt RR, que se manteve em 30 ha. No inverno os produtores investiram em três culturas – aveia branca, feijão preto e trigo. De modo geral, a safra 2020/21 encerrou com resultados satisfatórios para a propriedade típica que cultiva grãos na região.

O relatório Campo Futuro Grãos apontou, ainda, que a expectativa de produtividade das culturas de verão foi frustrada pela seca que causou atraso no plantio. Na soja era esperada uma produção na casa de 65 sc/ha, mas acabou se consolidando em 58 sc/ha. O milho teve outro agravante, além da seca, que foram as infestações de cigarrinha. Os produtores esperavam produzir entre 180 e 200 sc/ha, mas terminaram com média de 130 sc/ha.

Considerando apenas as culturas de verão, a soja com tecnologia RR foi a cultura com os melhores resultados, retratando um lucro de 18,2% sobre o CT. Apesar da tecnologia mais avançada, a soja Intacta gerou 14,8% de lucro. Mesmo pagando todos os custos, o milho não conseguiu remunerar a terra corretamente, o que gerou um prejuízo de 2,7% sobre o CT. Ao considerar o CT sem o custo de oportunidade da terra, o milho conseguiu 29,4% de retorno, ante 77,6%, de média, com as duas tecnologias de soja.

Dentre as culturas de inverno, o feijão foi único que conseguiu saldar o CT, gerando 28% de lucro – o melhor resultado dentre todas as culturas. A aveia conseguiu saldar o CT sem considerar o valor da terra. Com o valor da terra a cultura teve prejuízo de 16,3%, mas se não considerarmos este custo o retorno foi de aproximadamente 15%.

O trigo foi a cultura com os piores resultados, não conseguindo saldar o valor do CT pagando apenas o COT, que engloba o custo operacional e a depreciação de maquinas implementos e benfeitorias. O trigo teve margem liquida de 0,6% sobre o COT.

LEVANTAMENTO DE CUSTOS PRODUÇÃO DE GRÃOS EM CAMPOS NOVOS

O painel de custos de produção de grãos da região de Campos Novos (soja, feijão, trigo, aveia branca, milho) foi realizado no dia 16 de junho. Na safra 2020/21 a propriedade típica local apresentou como modal produtivo uma área total de 300 ha, sendo metade de área própria e metade de área arrendada. No verão os produtores cultivaram soja em 210 ha – 80% da área com o uso da tecnologia Intacta e 20% com tecnologia RR.

O milho com tecnologia Bt RR, outra cultura de verão, foi semeado em 75 ha. A terceira cultura de verão foi o feijão do tipo carioca, em 5% da área. No inverno os produtores investiram em duas culturas – trigo, que aumentou a área de 7% para 10% e a aveia branca com fins comerciais, que antes não era plantada e agora ocupa 10% da área. De modo geral a safra 2020/21 se encerrou com resultados positivos para a propriedade típica que cultiva grãos na região.

Dentre as culturas de verão o milho foi a que mais decepcionou. Os produtores apontaram algumas infestações de cigarrinha e clima seco principalmente no início da safra como motivo para a quebra. Assim, a expectativa de produtividade que era entre 180 sc/ha e 200 sc/ha acabou se consolidando em 110 sc/ha. A soja superou a safra 2019/20 em 6 sc/ha e fechou a atual safra em 60 sc/ha. Como a soja, o feijão também teve ganhos de produtividades. Passou de 35 sc/ha na safra anterior para 38 sc/ha na safra em questão.

Quanto às culturas de inverno, apesar de sofrerem com a estiagem no final do ciclo, tiveram bons resultados. Com isso, as produtividades médias da aveia e do trigo se encerraram em, respectivamente, 45,83 sc/ha e 57,5 sc/ha.

Um fato importante a ser destacado é que o incremento nos preços, nas duas estações, foi primordial para a melhora de rentabilidade dos produtores da região.

Em relação aos períodos de venda da soja, a região realizou em torno de 50% de negociações antecipadas, sendo 30% de venda antecipada e 20% de trocas de insumos por grãos nesta safra. Assim, o percentual comercializado após a colheita ficou em 50%, variando entre R$ 151,00 e R$ 160,00. A valorização do dólar frente ao real e à firme demanda global da commodity fizeram com este tipo de venda alavancasse o valor final da safra. Para o milho, 60% das negociações aconteceram antes do plantio, com vendas antecipadas. Esse tipo de negociação acabou prejudicando a precificação desta commodity que finalizou em R$ 61,60. Já o feijão, que concluiu a safra passada com R$ 210,00 por saca, terminou a safra 2020/21 em R$ 276,50.

Nas culturas de inverno, a aveia e o trigo, realizaram 100% das negociações como vendas tradicionais – “colhe e vende”, totalizando valores muito bons. A aveia terminou com R$ 72,00 e o trigo R$ 80,00, ante os R$ 45,00 por saca praticados na safra passada.

Os resultados econômicos demonstram que a propriedade típica de Campos Novos não conseguiu pagar o Custo Total (CT) em todas as culturas nesta safra 2020/21.

Considerando apenas as culturas de verão, o feijão foi a cultura com os melhores resultados, retratando um lucro de 51,3% sobre o CT. A soja, que comumente é a cultura que gera os melhores resultados nessa estação, ficou em segundo lugar gerando lucro, na média das duas tecnologias, de aproximadamente 18% sobre o CT. Entre as duas tecnologias (RR e Intacta) a RR conseguiu quase 10% a mais do que a Intacta, mesmo a Intacta possuindo tecnologia mais avançada. O milho, por sua vez, mesmo pagando todos os custos, não conseguiu remunerar a terra corretamente, gerando prejuízo de 16,1% sobre o CT.

LEVANTAMENTO DE CUSTOS PRODUÇÃO DE GRÃOS EM TUBARÃO

Em Tubarão o painel com foco para a cultura do arroz foi realizado no dia 17 de junho. Na safra 2020/21 a propriedade típica de Tubarão (SC) apresentou como modal produtivo uma área total de 50 ha para o sistema de arroz irrigado pré-germinado. Dentro deste total, 60% da área é própria e 40% é arrendado.

A expectativa de produtividade dos dois sistemas foi frustrada pelos problemas climáticos que o Estado passa desde 2019 e faz com que os produtores enfrentem dificuldades para abastecer seus reservatórios de água para irrigação das lavouras. O arroz pré-germinado que previa colher ao redor de 185 sc/ha terminou a safra com uma média de 175 sc/ha – igual a anterior. Já, no sistema semeado, a previsão de produtividade em 170 sc/ha acabou se consolidando em aproximadamente 159 sc/ha, ou seja, média de 3 sc/ha a mais do que na safra 2019/20. A maior produtividade do arroz pré-germinado pode ser associada ao sistema de manejo, que auxilia as lavouras em períodos de estiagem.

Segundo o relatório Campo Futuro Grãos, apesar das produtividades não corresponderem às expectativas dos produtores, um fato importante deve ser destacado. O incremento nos preços desta commodity foi essencial para uma melhora na rentabilidade dos agricultores da região.

Os resultados econômicos demonstram que a propriedade típica de Tubarão conseguiu pagar o Custo Total (CT) nos dois sistemas de produção na safra 2020/21. O CT engloba desembolsos, depreciação e remuneração do ativo imobilizado e o custo de oportunidade da terra.

Assim, de acordo com o relatório, o sistema de arroz irrigado pré-germinado alcançou uma lucratividade expressiva, aproximadamente 28%, levando ao produtor um lucro de R$ 3.188,85/ha, após descontado o CT. Já o arroz semeado demonstrou resultados importantes, retornando ao produtor R$ 3.475,68, ou seja, lucro de 35,9% sobre o CT.

Esses resultados são extremamente satisfatórios para a região, visto que, normalmente, a cultura tem dificuldade de pagar de forma integral o CT, o que pode comprometer a permanência dos produtores, a longo prazo, na atividade.

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