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Agricultura investirá R$ 1 milhão para proteger a fruticultura do granizo

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A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural irá destinar R$ 1 milhão para a instalação de Sistema Antigranizo na região do Alto Vale do Rio do Peixe ainda este ano. A intenção é atender onze municípios e reduzir os prejuízos causados pelo granizo na produção de frutas. O projeto apresentado pelo secretário Altair Silva foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Rural (Cederural) nesta terça-feira, 21.

“Vamos destinar recursos para atender aos municípios com o sistema antigranizo. Nossa intenção é que, em 2022, esse aporte se repita para protegermos o trabalho dos nossos agricultores e manter a qualidade da fruticultura catarinense”, destacou o secretário da Agricultura.

O Sistema Antigranizo é uma grande demanda dos produtores catarinenses para evitar perdas de safra devido às intempéries climáticas. O modelo utilizado em Santa Catarina traz benefícios também para a população em geral, já que protege a infraestrutura industrial e residências. Dados históricos comprovam que a região é suscetível à ocorrência de granizo, que ocorrem em média e alta intensidade, causando danos econômicos para a cadeia produtiva.

Com o valor de R$ 1 milhão, a Secretaria da Agricultura irá atender os municípios de Videira, Caçador, Calmon, Lebon Régis, Macieira, Matos Costa, Rio das Antas, Timbó Grande, Fraiburgo, Tangará e Pinheiro Preto. Serão 54 geradores antigranizo instalados. Os municípios atendidos são grandes produtores de frutas de clima temperado, principalmente maçã, pera, ameixa, pêssego e uva. Segundo informações do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), são mais de 5,5 mil produtores dedicados à fruticultura na região, com 22,7 mil hectares plantados. A atividade gera em torno de R$ 660,9 milhões para os produtores rurais do Alto Vale do Rio do Peixe.

Como funciona o Sistema Antigranizo

O modelo utilizado em Santa Catarina de sistema de controle do granizo utiliza conjuntamente informações de radar meteorológico, monitoramento com estações meteorológicas de superfície, radio sonda e modelagem numérica, para detectar a possibilidade de formação de nuvens de granizo na região protegida.

Uma vez confirmada a possibilidade de formação do granizo, o sistema de combate é acionado. Ele é composto de uma rede com geradores de solo que cobrem toda a área protegida e liberam partículas de iodeto de prata na atmosfera. Ao redor destas partículas, agregam-se partículas de água formando pequenas gotas de chuva ou pequenos cristais de gelo, que ao caírem reduzem de tamanho e atingem o solo na forma liquida ou de minúsculas pedras de gelo. Isso evita os danos e estragos nas cidades protegidas.

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