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Audiência pública discute protocolos sanitários e a segurança na volta às aulas

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A unificação dos protocolos sanitários no combate ao coronavírus em escolas públicas e privadas foi a principal pauta da audiência pública, de autoria da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB), promovida nesta quinta-feira (4). Realizada de forma online, a audiência contou com a participação de representantes da educação no município e estado.

A coordenadora Regional de Educação da Gered, Ronisi Cristina Guimarães, falou sobre o plano de contingência que tem sido adotado nos municípios de cobertura da gerência. “Nós precisamos partir do princípio de uma discussão de retorno a volta às aulas, que é um retorno planejado, executado e avaliado a muitas mãos. Em todos os municípios, nós temos os comitês que organizaram o plano de cada cidade, e a partir dele, cada unidade escolar com a sua comissão, que nela temos representantes da gestão, professores, alunos e pais. A escolha de participar das atividades presenciais é da família”, destacou.

Um dos temas debatidos durante a audiência foi a educação especial. A diretora da Apae Criciúma, Rosa Maria Barbosa Borges Santinone, falou sobre como está sendo o protocolo de segurança na instituição. “Nós nos preparamos, mas não estávamos preparados para essa nova variante. Os alunos que chamamos para aula, foram aqueles que teriam o entendimento para usar máscara e álcool em gel, e também adaptamos as salas de aulas. Iniciamos no dia 18, mas veio uma recomendação da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) para que déssemos início aos trabalhos remotos e dispensássemos os professores, que antes estavam vindo todos os dias. Ficamos preocupados com o aprendizado, mas mais ainda com a saúde e a fragilidade de alguns deles”, frisou.

Os desafios e adaptações que as escolas privadas enfrentaram com a chegada da pandemia foi destacada pelo diretor do Colégio Marista de Criciúma, Adriano Brollo. “Nós temos um desafio estrutural, tem que realocar espaço, modificar e adaptar estruturas para este funcionamento. Assim como a questão financeira, onde no início da pandemia as escolas de educação infantil, que mantiveram seus profissionais, estavam com as escolas vazias. O monitoramento é o grande desafio para o bom funcionamento das escolas. Monitoramento da família para não encaminhar para escola uma criança sintomática, da escola para verificar se tem alguma criança com sintoma e encaminhar para o atendimento de saúde. Escolas abertas são essenciais. É sinônimo de saúde mental e justiça social”, pontuou.

Também participaram da audiência pública, de forma virtual, a deputada Luciane Carminatti, professora e presidente da Comissão de Educação da Alesc; Ronisi Cristina Guimarães, Coordenadora Regional de Educação da Gered; Jucélia Vargas, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Lucimara Batista, Presidente da Associação de Pais da Escola Municipal de Educação Básica Ubaldina Rocha Guedin, da Linha Anta.

Ao longo da audiência pública, os participantes puderam enviar questionamentos através de formulário, que foram lidos e registrados pela vereadora proponente. Ao final, foram dados os seguintes encaminhamentos:

– Fomentar mais transparência nos dados de educação e saúde relativos à implementação dos protocolos de saúde nas escolas;

– Intensificar a fiscalização sobre transporte público e picos de saída e entrada de aula;

– Fortalecer ações de apoio às Apaes para garantir a segurança na implementação de protocolos de combate à Covid;

– Fomentar mais transparência nos dados de educação e saúde relativos à implementação dos protocolos de saúde nas escolas para que o Município junte forças para assegurar a vacinação de profissionais de educação, além de juntar forças regionalmente para assegurar a compra de vacinas.

Clara Fernandes – Câmara de Vereadores 

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