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Número de demissões desacelera em maio na Região Carbonífera

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Segundo dados do Novo Caged, os 12 municípios que compõem a região também registraram mais admissões no mês passado, em comparação com abril

O Ministério da Economia divulgou nessa segunda-feira, dia 29, os dados referentes a maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e eles mostram uma desaceleração no número de demissões na Região Carbonífera em relação ao mês anterior. O número de contratações também aumentou nos 12 municípios que compõem a região e, no acumulado do ano, quatro cidades mantêm saldo positivo na comparação entre admissões e desligamentos.

“Quando se fala de fechamento de postos de trabalho, é muito difícil extrair algum aspecto positivo. Mas, diante do cenário, as perspectivas apontavam para um número muito maior de demissões em razão da pandemia de coronavírus. Desta forma, estamos otimistas de que a crise não será tão profunda como se imaginava e a economia poderá se recuperar em menor tempo”, considera o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.

“Em maio, mesmo que ainda com restrições, mais atividades econômicas puderam ser desenvolvidas no Estado e o mercado de trabalho logo reagiu, como demonstram os dados do Novo Caged”, salienta o empresário.

Evolução

A Região Carbonífera vinha conseguindo manter positivo o saldo entre admissões e desligamentos. Em 2019, dos 12 municípios que compõem a região, dez registraram mais contratações que demissões, fechando o ano com 5.337 novos empregos formais criados. Maior município da região, Criciúma liderou o ranking, com 1.879 vagas abertas.

A tendência se manteve no início deste ano, conforme os dados do Novo Caged, divulgados em maio pelo Ministério da Economia. Em janeiro, houve saldo positivo de 1.130 empregos gerados na região e, em fevereiro, de 1.430. Já com a pandemia e a restrição às atividades na segunda quinzena do mês, março também fechou com 239 contratações a mais que desligamentos.

A região teve o pior desempenho em abril, com a quarentena em vigor praticamente durante todo o mês. Houve, então, a perda de 3.688 postos de trabalho, com o número de demissões (5.925) superando o de contratações (2.237) pela primeira vez no ano.

Acumulado

Em maio, o saldo ainda foi negativo, mas a perda diminuiu para 1.380 vagas com carteira assinada. Já a Região Carbonífera registrou em maio 3.105 admissões e 4.485 demissões, acumulando saldo negativo de 2.269 postos de trabalho entre janeiro e maio.

Apesar disso, Urussanga (118), Forquilhinha (112), Lauro Müller (58) e Balneário Rincão (quatro) mantiveram o saldo positivo no acumulado do ano. Perderam vagas as cidades de Criciúma (-1.672), Içara (-255), Orleans (-190), Cocal do Sul (-169), Siderópolis (-142), Morro da Fumaça (-96), Treviso (-23) e Nova Veneza (-14).

A região terminou maio com um estoque de 128.257 empregos com carteira assinada, uma redução inferior a 1,74% em relação ao volume que mantinha no início do ano (130.526). Esse percentual no Estado foi superior a 2,64%, passando de 2.079.445 no começo de janeiro para 2.024.457 no fim de maio, com o fechamento de 54.988 postos de trabalho.

De janeiro a maio de 2020, houve 5.766.174 de admissões e 6.911.049 de demissões no país, com resultado de -1.144.875 vagas. O Brasil iniciou o ano com 38.809.623 empregados celetistas, número que caiu para 37.664.748 no fim de maio, representando uma redução de quase 2,95%.

Assessoria de Imprensa – Deize Felisberto

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