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Os danos ocorreram no período da semeadura, do estabelecimento, do desenvolvimento vegetativo e, também, na fase final de formação de grãos
Desde o final do ano passado a agricultura de Criciúma tem tido prejuízos em virtude da baixa quantidade de chuva, principalmente nas culturas de grãos de verão, como a soja, o milho e o feijão. Segundo a Gerência de Agricultura do município, estes danos ocorreram no período da semeadura, do estabelecimento, do desenvolvimento vegetativo e, também, na fase final de formação de grãos, que é bastante sensível ao tempo seco.
Ainda de acordo com a gerência, na fruticultura, também houve perdas pela ocorrência da estiagem. A produção de bananas, por exemplo, é uma cultura sensível em todo o seu ciclo ao déficit hídrico, principalmente na formação do fruto, o que prejudica a produção final. Na área animal, notou-se uma diminuição na qualidade das pastagens, além de prejudicar a semeadura de pastagens de inverno, como aveia e azevém, devida a baixa umidade no solo.
“A estiagem prejudica a semeadura das pastagens e consequentemente sua emergência. Desta forma, acaba diminuindo a oferta de pastagem para a alimentação animal e, como consequência, o gado necessita de outras fontes de alimento, como a silagem para evitar a perda de peso”, enfatiza a agrônoma da Gerência e Agricultura do município, Fabiane Barbosa Lopes.
A agronônoma também destaca que a psicultura é outro setor que necessita de uma grande quantidade de água, e que já vem sofrendo e pode sofrer ainda mais com a seca. “Em geral, todos os sistemas agrícolas são prejudicados de alguma forma pela estiagem desde a semeadura até o final de seu ciclo, tanto de grãos, frutas, olerícolas, quanto todo sistema pecuário”, completa Fabiane.
O Projeto Irrigar, criado em 2019 através de subsídios do Governo Federal, busca estimular o armazenamento de água nas propriedades rurais e a implantação de sistemas de irrigação. “Esse programa foi criado em função dessa questão das estiagens que vem acontecendo ao longo dos anos. Um exemplo maior que temos é nas lavouras de arroz, que é onde os agricultores já estão construindo barragens dentro das próprias quadras de arroz e deixando açude no meio da lavoura para quando tiver a falta d’água, armazenar água da chuva para não haver essa falta”, destaca o engenheiro Agrônomo da Epagri, Roberto Francisco Longhi.
O Projeto Irrigar pode subvencionar os juros dos financiamentos contraídos pelos produtores rurais até o valor de R$ 30.000,00, com juros de até de 4,5% ao ano, durante um período máximo de oito anos. O produtor pode buscar mais informações sobre o projeto através da Epagri.