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Criciúma aumentará para 59% o consumo de alimentos da agricultura familiar nas escolas

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Objetivo é atingir o índice até o fim de 2019. Incentivo aos agricultores movimenta aproximadamente R$ 269 mil por mês, o equivalente a quase R$ 3 milhões por ano

A busca por uma alimentação saudável e de qualidade está cada vez mais presente na rede municipal de ensino de Criciúma. De todos os alimentos consumidos nas 68 unidades, 59% deles serão provenientes da agricultura familiar até o fim de 2019. Isso significa um incentivo aos agricultores e à produção local, que movimenta cerca de R$ 269 mil por mês, o equivalente a quase R$ 3 milhões por ano.

A medida cumpre a lei federal nº 11.947, de 2009, que determina que no mínimo 30% do valor repassado aos estados, municípios e Distrito Federal, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar, empreendedor familiar rural ou de suas organizações.

“Estamos trabalhando para diminuir, cada vez mais, o consumo de alimentos industrializados, fazendo com que os produtos in natura sejam um crescente no cardápio das nossas crianças”, enfatiza a nutricionista da rede municipal de ensino de Criciúma, Julia Garbelotto Rosa, que ao lado da nutricionista Rosangele Pavan Salvaro, atua na Central de Processamento da Merenda Escolar de Criciúma, no bairro Próspera.

O consumo desses alimentos implica em uma série de benefícios, como o incentivo ao cooperativismo, a valorização à produção local e da cadeia produtiva e o aumento da responsabilidade por parte dos agricultores. “Eles sabem que os produtos serão consumidos pelas crianças da nossa cidade e não por pessoas desconhecidas. Isso aumenta a preocupação e o cuidado na hora da produção”, comenta a engenheira Agrônoma da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Lidiane Camargo.

Criciúma é o terceiro município da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) que mais arrecada com a agricultura. Além disso, 500 famílias sobrevivem desse meio, o que gera uma movimentação econômica de R$ 50 milhões. “Esse aumento no consumo de alimentos vai agregar ainda mais na renda do agricultor, além de proporcionar alimentos de maior qualidade, direto do produtor”, afirma a gerente de Agricultura e Agronegócio da Administração Municipal, Maristela Oenning Borgert Bresciani.

Redação – Maria Henrique Leandro

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