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De área de rejeitos de carvão a transformação para o Parque dos Imigrantes

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Os moradores que viviam no Rio Maina há décadas lembram com clareza como era o terreno que hoje abriga o Parque dos Imigrantes. “Naquele lugar era colocado o rejeito do carvão, era tudo pirita”, relembra o morador, Antônio Pierini. Após uma recuperação ambiental, o espaço está pronto para receber o público.

As lembranças de 60 anos atrás ainda estão vivas na memória de Otávio Colombo, de 86 anos. O morador recorda que o terreno tinha dois proprietários, e que os moradores da comunidade pescavam no Rio Sangão, que passa ao lado do terreno. “Por causa da mineração o rio começou a ficar poluído, tinha muita pirita. Quando chovia vinha um cheiro muito forte de enxofre”, conta.

Naquele tempo ninguém conseguia imaginar que uma área degradada ao longo dos anos poderia ser tornar um ambiente de cultura, esporte e lazer para a população criciumense. Mas esse processo teve início em 2015. No dia 4 de agosto a prefeitura fechava o contrato de compra do terreno.

As obras iniciaram um ano mais tarde, em 4 de janeiro de 2016. “Nunca imaginei uma área coberta de pirita, um lugar muito feio, poderia se tornar em algo tão bonito. O Rio Maina merecia isso há algum tempo, tenho certeza de que será um ponto de encontro”, comenta Pierini, de 76 anos.

O filho de Otávio, João Daniel Colombo, que também é do bairro, recorda que o espaço não tinha mais nada a ser explorado, e depois, com a retirada da pirita, foi possível resgatar a terra novamente. O parque é o progresso do Rio Maina, já podemos notar um aumento do movimento. Antes não tinha edifícios, no máximo de quatro andares, agora podemos ver a construção dos novos prédios. O Rio Maina só vai crescer a partir de agora”, afirma o morador.

Com os trabalhos de recuperação ambiental que ocorreram na extensão do local, foi possível a construção de um parque com 61 mil metros², que tem atrativos para toda a população. Das piritas e do mau cheiro, para um lugar amplo, verde e que tem como maior intuito preservar a colonização das etnias de Criciúma.

Redação – Ana de Mattia
Foto – Beatriz Formanski

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