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Jornalista e escritora Leila Ferreira encantou o público com a palestra “A arte de ser leve”, que ocorreu na Acic
A palestra da mineira Leila Ferreira, jornalista e escritora, atraiu e encantou um grande público na noite desta terça-feira (21), na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). A palestra promovida pelo Núcleo da Mulher Empresária de Criciúma celebrou os 21 anos de fundação do núcleo.
Com o tema “A arte de ser leve”, Leila Ferreira contou histórias e provocou diversas reflexões sobre o comportamento humano e o que podemos fazer para ter uma vida mais suave. Para falar do assunto, que também é título de um livro de sua autoria, Leila viajou o mundo investigando a leveza.
“Não podemos esperar não ter problemas para sermos leve. Ter problemas faz parte do existir. A visão que temos da felicidade é muito idealizada. Ter uma vida com mais suavidade, com mais elegância, bom humor e empatia, mesmo diante da loucura do dia a dia, é possível”, coloca. “Outra observação importante, a elegância nas relações está acabando. Como nos encaixamos nos ambientes que vivemos, como estamos interagindo com o nosso entorno”, questiona.
Conforme ela, entre tantos países e experiências que viveu para se aprofundar do tema, um depoimento resume o que considera como um dos principais fatores para a felicidade. “Fui à Holanda na Universidade de Rotterdam entrevistar o sociólogo e psicólogo que coordena o maior banco de dados no mundo sobre a felicidade e foi durante o cafezinho que ele me disse uma frase que considerei a mais importante, “o que mais nos aproxima da felicidade e do bem-estar é a qualidade dos nossos relacionamentos pessoais. Vive bem, quem convive bem”, relata.
A autora ainda desafia. “A leveza está acabando, a gentileza está acabando. Estão todos obcecados pelo peso do corpo, mas o que está engordando de forma assustadora é o espírito. Lá dentro estamos cada vez mais pesados, mais intolerantes, impacientes e estressados. O mundo está cheio de corpos magros e almas obesas”, opina. “A vida é barra pesada, e justamente porque viver é tão difícil que devemos ter alguns mecanismos de defesa para diminuir o peso da nossa passagem por aqui”, completa.
Filha de professora, filha única entre cinco irmãos, Leila tem na figura da mãe uma de suas grandes inspirações para o assunto. “Fui criada numa casa muito simples, faltavam muitas coisas materiais. Minha mãe era professora de Português e meu pai não tinha vocação para o trabalho. Mas, minha mãe era uma pessoa excepcional. Por causa dela minha casa vivia cheia de gente. Era aquela pessoa que apesar de todas as dificuldades era alguém agradável, leve. Era aquela pessoa que até o papel de parede fica triste quando vai embora”, conta.
Leila Ferreira é formada em Letras e Jornalismo. Foi repórter da Rede Globo Minas e durante dez anos apresentou o programa Leila Entrevista, por onde passaram 1,6 mil entrevistados. É autora do best-seller “Viver não dói” e dos títulos “A arte de ser leve” e “Mulheres: Por que será que elas…?”.