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Com o encerramento e o início de novos ciclos, a Fundação Cultural de Criciúma (FCC) iniciou sua última exposição coletiva. Para encerrar o ano de 2023, a mensagem que a entidade deixa é de que, assim como cada flor no campo tem seus traços e suas cores únicas, a exposição coletiva “Trânsito Entre Campos de Cores” traz as perspectivas de vidas diferentes entre cada geração. A iniciativa, que reúne trabalhos de 18 artistas, sob a curadoria de Marcos Dagostin e direção cultural de Ismail Ahmad Ismail, pode ser visitada, de forma gratuita, até o dia 31 de janeiro de 2024, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h, na Galeria de Arte Contemporânea Willy Zumblick, no Centro Cultural Jorge Zanatta, no Centro.
Conforme o presidente da FCC, Joster Favero, a temática da exposição é juntar vários mundos, vidas e experiências individuais para, em forma de arte, divulgar à população. “A intenção de termos vários artistas sempre foi popularizar ainda mais o espaço da Galeria de Arte Contemporânea Willy Zumblick, como sempre temos mencionado. É democratizar, cada vez mais, o acesso à população e aos artistas”, destaca.
De acordo com Dagostin, as obras revelam a essência de cada artista. Nesse sentindo, elas destacam as duplicidades de formas e as variações de cores pictóricas. “A exposição marca a noção de trânsito, de estar entre diversos lugares, nem partindo e nem chegando. São situações contingentes, que marcam passagens, repouso nos olhares e pequenos acontecimentos”, evidencia.
Por trás das cores
Segundo Dagostin, é essencial a existência de uma equipe curatorial nas galerias de arte e nas instituições culturais. “É um exercício prático, minucioso e de muita pesquisa, que gera aproximações nos diálogos entre artista e os espaços expositivos. A busca pelo novo é fundamental, mapeamentos de artistas, visita a ateliês e estúdios facilitam essa imersão nas concepções artísticas e nos seus desdobramentos”, pontua.
Para o artista Diorgenes Pandini, que possui trabalhos expostos, a iniciativa é uma oportunidade de ampliar e expandir seus antigos projetos. “As obras selecionadas pelo curador falam de um caos gerado pelo excesso, de uma certa falta de controle, repetições que geram desinformação e angústia”, comenta.
Conforme o artista Heitor Machado, os seus trabalhos giram em torno da obra “Quimera”, que possui uma perspectiva sobre abundância, devaneio, e pensamentos. “Minhas obras sempre trazem a questão do globo ocular, representando tudo, os sentidos, a vida, o tempo… E na obra ‘Quimera’, a ideia era trazer diversos olhos, gerando uma confusão”, explica. Nesse sentindo as suas inspirações se voltam para sentimentos, olhos, sombras e a busca por um feixe de luz.
Apesar da galerista e professora de Artes Visuais, Rosana Tagliari Bortolin, já ter vivenciado mais de 30 exposições desde 1982, possuindo, inclusive, uma trajetória internacional no seu currículo, ela revela que é sempre grata pelas oportunidades que aparecem para apresentar seus projetos. “As obras que estou expondo na FCC fazem parte da série ‘Organismos’, que é a fusão de duas séries anteriores, ‘Habitar Ninhos’ e ‘Sagrado Profano’. Nas obras da série ‘Organismos’, realizo reflexões sobre o comportamento humano e as relações de poder”, afirma Rosana.
Conheça os artistas da exposição coletiva “Trânsito Entre Campos de Cores”:
Adriane Kirst; Alenir Dalpiaz, Almira Reuter, Angelica Neumaier, Berenice Goroni, Breno Stern, Diorgenes Pandini, Edi Balod, Gabriela Buffon, Heitor Machado, Jussara Guimarães, Lara Pacheco, Luiz Gustavo Corrêa, Neusa Milanez, Rosana Bortolini, Simone Milak, Willy Zumblick e Zé Ronconi.
Fotos: Divulgação/Decom