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Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) são uma maneira boa e acessível de diversificar a alimentação, trazendo para o prato vegetais que ajudam a fornecer os nutrientes que nosso organismo precisa. Para apoiar a sociedade a consumir mais e melhor estes alimentos, a Epagri está disponibilizando em seu aplicativo Epagri Mob informações completas sobre 13 Pancs. O material fica dentro da aba EpagriTec, que também reúne informações sobre cebola, arroz irrigado e tomate, além de manejo do solo e fertilidade, e métodos de controle de pragas e doenças.
“O diferencial é que, com o aplicativo, o usuário tem a informação na palma da mão”, destaca Cristina Ramos Callegari, extensionista social da Epagri, nutricionista e uma das autoras do conteúdo. Ela relata ainda que ao longo do tempo o material disponível no aplicativo será ampliado. A nutricionista já começou a elaboração de um novo Boletim Didático, com informações sobre outras Pancs, com foco nas que têm maior ocorrência em Santa Catarina. Quando esse material estiver publicado, ele será incorporado ao aplicativo.
Cristina chama atenção para o cuidado necessário na hora de consumir as Pancs. Além de ser importante reconhecer com segurança o que se está sendo colhido, é necessário ter cuidado com a local onde se está coletando. A extensionista lembra que muitas pessoas costumam colher Pancs em beiras de estrada, o que pode ser perigoso, pois estes locais recebem eventualmente herbicidas aplicados na intenção de conter o mato. Esta situação pode ser contornada com as informações de como cultivar disponível no EpagriTec, por exemplo, o que permite que pessoa plante e colha em seu quintal.
Sobre Pancs
As Pancs são plantas que poderíamos consumir, mas que não fazem parte do nosso cotidiano. Muitas delas tiveram ou ainda têm algum consumo tradicional em determinadas regiões ou culturas, mas estão caindo em desuso. Também são consideradas Pancs as partes comestíveis não convencionais, como o coração e as flores da bananeira, as cascas da banana, a banana verde, a folha da batata doce, o mamão verde e seu talo e a jaca verde. Algumas delas têm propriedades medicinais e seus compostos bioativos contribuem para a promoção da saúde.
Para os agricultores, o cultivo e a vegetação espontânea dessas plantas pode significar diversificação da fonte de renda familiar, inclusive aproveitando áreas improdutivas. A opção de comercialização de plantas espontâneas, como a de outras partes das plantas cultivadas convencionalmente, pode gerar maior oferta de alimentos ao longo do ano, novos produtos processados com PANCs, turismo rural e gastronômico.
O consumo dessas plantas é amparado por uma série de pesquisas científicas, que indicam não só a segurança de seu uso, mas também suas propriedades nutricionais e de compostos bioativos presentes. É importante saber identificar corretamente a planta, qual ou quais são suas partes comestíveis e a forma de preparo indicada para o consumo já que algumas só podem ser consumidas após o cozimento, que é fundamental para eliminar substâncias tóxicas para o organismo.
No EpagriTec estão disponíveis, por enquanto, informações sobre almeirão-roxo, aroeira, azedinha, beldroega, bertalha, capuchinha, erva-baleeira, malvavisco, moringa, ora-pro-nóbis, picão preto, taioba e tansagem.
Sobre o EpagriTec
O EpagriTec foi desenvolvido pela Epagri como um acervo de informações técnicas sobre importantes cadeias produtivas do Estado. “Seu objetivo é facilitar aos técnicos de campo e agricultores o acesso, a difusão e a busca do conhecimento agropecuário, deixando ao alcance de todos o que há de mais atual nos principais sistemas produtivos agropecuários catarinenses”, explica Rafael Morales, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Itajaí e um dos desenvolvedores da ferramenta.
Para acessar o EpagriTec, o usuário precisa baixar em seu celular o aplicativo Epagri Mob, disponível para download gratuito nos sistemas Android e iOs. Também é possível acessar via computador, pelo site da Epagri, na aba Minha Epagri. O sistema foi desenvolvido por pesquisadores da Estação Experimental da Epagri em Itajaí em parceria com profissionais do Departamento Estadual de Gestão da Tecnologia de Informação (DEGTI) da Epagri.